Desemprego apresenta leve alta em fevereiro
Taxa subiu 0,3 ponto percentual em relação a janeiro, mas segue tendência de anos anteriores
Ádamo Araujo, da Agência Brasília
25 de março de 2015 - 12:08
A população desempregada no Distrito Federal, em fevereiro, foi estimada em 184 mil, três mil a mais em relação a janeiro — que foi 181 mil. O resultado equivale a 12,3% da população economicamente ativa. O índice é 0,3 ponto percentual superior em comparação ao primeiro mês do ano.
Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em parceria com a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Com a Secretaria do Trabalho e do Empreendedorismo, as instituições divulgaram, nesta quarta-feira (25), a Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED-DF).
De acordo com a supervisora técnica do Dieese, Adalgiza Lara Amaral, a taxa é comum para o período. “Após o aquecimento do comércio — um dos principais setores da economia no DF —, com as contratações temporárias no final do ano, a tendência é que funcionários saiam desses trabalhos e gerem elevação no desemprego. O aumento deve seguir e ser maior em março, quando praticamente todos os postos temporários são extintos”, explica.
Índice dentro da média históricaNa opinião do presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), Lucio Rennó, a taxa de 12,3% de desempregados em fevereiro — 0,3 ponto percentual maior que a de janeiro — ainda não preocupa. Para o dirigente, o índice está dentro da média histórica do mês.
Ele ressalta, porém, a necessidade de se observar o comportamento do mercado de trabalho nos próximos meses. "O quadro econômico não é favorável, pois não há investimentos. Entretanto, os números são normais para o período. A preocupação deve aparecer caso os percentuais comecem a destoar negativamente dos anos anteriores", alerta Rennó.
Segundo a pesquisa, o nível de ocupação (empregos formais ou informais) diminuiu 0,5% em relação a janeiro: 7 mil pessoas a menos.
Nas áreas de atividade econômica analisadas, houve redução de 3 mil postos de trabalho na indústria de transformação e de 4 mil na construção. Em serviços, registrou-se relativa estabilidade com mais mil postos de trabalho. O setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas também ficou estável.
Entre os trabalhadores assalariados, ocorreu retração na iniciativa privada: 5 mil a menos daqueles com carteira assinada e 2 mil a menos sem carteira. Já no setor público, observou-se crescimento de 1,8% no nível ocupacional — mais 5 mil empregados. A quantidade de autônomos reduziu 3,2% (menos 5 mil) e o emprego doméstico apresentou estabilidade considerada relativa, com menos mil trabalhadores.
Acesse a íntegra da pesquisa.
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