DF vai investir R$ 23 milhões em projetos de ciência, tecnologia e inovação
Dinheiro está previsto no orçamento público deste ano e corresponde a 0,8% da receita corrente líquida do Distrito Federal
Paula Oliveira, da Agência Brasília
31 de março de 2015 - 17:04
Atualizado em 31 de março, às 19h15
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) terá neste ano R$ 23 milhões para fomentar projetos ligados às áreas de ciência, tecnologia e inovação. Até agora, três editais têm datas para serem lançados: dois em abril e um em junho. O dinheiro corresponde a 0,8% da receita corrente líquida do orçamento do Distrito Federal — porcentagem determinada pela Lei Orgânica do DF. Podem concorrer ao financiamento empresários, pesquisadores e estudantes universitários.
"Essa é uma área prioritária do nosso governo. Somente seremos lembrados por fazer a diferença, por inaugurar um novo modelo de desenvolvimento no País, se investirmos fortemente nessas áreas", ressaltou o governador Rodrigo Rollemberg, nesta terça-feira (31), durante evento de apresentação dos projetos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, no Palácio do Buriti.
Os programas vencedores dos concursos promovidos pela FAP-DF são parcialmente financiados com dinheiro de convênios firmados pelo governo local com o federal e com organismos internacionais. Segundo a presidente interina da fundação, Regina Buani, a proporção de investimento costuma ser de dois para um. Ou seja, se o investimento do DF em um projeto for de R$ 1 milhão, o da União pode chegar a R$ 2 milhões.
O apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação a projetos da área por meio dos editais da FAP-DF tem o objetivo claro de estimular o desenvolvimento econômico do DF por meio da expansão do conhecimento. "Se mantivermos o modelo tradicional, não vamos competir nem com o nosso vizinho Goiás, que tem terrenos, mão de obra e impostos mais baratos", comparou o governador.
Parque tecnológicoDurante o evento, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Salles, apresentou a estrutura e os projetos da pasta. Os subsecretários, por sua vez, expuseram os objetivos e as prioridades de cada área ao governador e ao público formado por secretários de Estado e servidores do DF. "A palavra-chave é gestão; tudo o que queremos fazer existe, mas está desorganizado", disse Salles.
Segundo o secretário, a criação do parque tecnológico (iniciativa frustrada em 2013) vai ajudar nessa tarefa. "Com o parque, poderemos reunir universidades, cientistas e empresas e criar um ambiente com educação tecnológica, produção de tecnologia e condições de promover emprego, renda e qualidade de vida", completou.
De acordo com a apresentação, a tarefa da secretaria é viabilizar a inserção de novas tecnologias no cotidiano das pessoas, e não reproduzir o que existe. "Não tenho que chamar uma empresa que faça telefone, por exemplo, mas aquela que cria novidades nos telefones. Queremos inovação."
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