DF aproveitará resíduo de óleo de cozinha para produzir biodiesel
Usina entra em fase experimental em abril com capacidade inicial de 250 litros de combustível por dia
Kelly Crosara, da Agência Brasília
14 de março de 2015 - 09:15

Batizado de projeto Biguá, ele surgiu depois que a Caesb começou a sentir no orçamento os transtornos causados pelo descarte incorreto do óleo de cozinha. Como são resíduos, os responsáveis decidiram denominá-la biguá — pequeno corvo com penas pretas e brancas e que tem os pântanos como habitat.
Além dos impactos ambientais, o resíduo do óleo de fritura jogado nos ralos de pia e vasos sanitários representa 30% dos gastos do órgão com a manutenção da rede. Cada litro derramado de forma indevida encarece R$ 0,25 no tratamento de esgoto. Atualmente, são despejados quase 12 milhões de litros de óleo todos os anos na rede do DF.
O programa de caráter socioambiental da Caesb passou a oferecer endereços para descarte do óleo. No início, o material recolhido era encaminhado às cooperativas e às associações de moradoras do Varjão, que transformavam a gordura em detergente e sabão, mas a coleta extrapolou as expectativas fazendo nascer a ideia da usina.
O engenheiro ambiental da Caesb e responsável pelo projeto, Carlo Renan Cáceres de Brites, disse que o biodiesel produzido no DF abastecerá, em breve, a frota do próprio órgão e dos parceiros do Biguá: a Embrapa Agroenergia e a Finep.
O programa de caráter socioambiental da Caesb passou a oferecer endereços para descarte do óleo. No início, o material recolhido era encaminhado às cooperativas e às associações de moradoras do Varjão, que transformavam a gordura em detergente e sabão, mas a coleta extrapolou as expectativas fazendo nascer a ideia da usina.
O engenheiro ambiental da Caesb e responsável pelo projeto, Carlo Renan Cáceres de Brites, disse que o biodiesel produzido no DF abastecerá, em breve, a frota do próprio órgão e dos parceiros do Biguá: a Embrapa Agroenergia e a Finep.
Será ainda utilizado para o funcionamento dos geradores responsáveis pelo tratamento de esgoto da capital. O processo gera outro subproduto, a glicerina, muito utilizada na fabricação de sabão, segundo Cáceres de Brites: "Temos um projeto em andamento para encaminhar esse material."
Atualmente, são coletados de 800 a mil litros de óleo por mês, mas a estimativa do engenheiro ambiental é que esse volume chegue a 150 mil litros. "Estamos realizando constantemente um trabalho de conscientização da população, pois o descarte do óleo de cozinha é uma ação que ainda gera dúvidas", esclareceu Cáceres de Brites. "Jogar o produto na pia da cozinha ou no vaso sanitário causam um grande problema nas redes de esgoto."
Atualmente, são coletados de 800 a mil litros de óleo por mês, mas a estimativa do engenheiro ambiental é que esse volume chegue a 150 mil litros. "Estamos realizando constantemente um trabalho de conscientização da população, pois o descarte do óleo de cozinha é uma ação que ainda gera dúvidas", esclareceu Cáceres de Brites. "Jogar o produto na pia da cozinha ou no vaso sanitário causam um grande problema nas redes de esgoto."

Descarte conscienteO processo para o armazenamento do óleo em casa é simples. Após utilizar o produto, a pessoa deve aguardar alguns minutos até o total resfriamento. Depois, basta depositá-lo em recipientes plásticos descartáveis — como os utilizados para armazenar amaciante de roupa, de água sanitária ou até mesmo garrafas PET. Esses vasilhames devem ser encaminhados aos 19 pontos de entrega voluntária.
Caso o volume seja acima de 10 litros, a Caesb coletará no local. Bares, condomínios, indústrias, restaurantes ou similares — onde a utilização do produto é significativamente maior — podem se cadastrar como parceiros do projeto por meio do telefone (61) 3214-7989 ou pelo e-mailprojetobigua@caesb.df.gov.br.
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