Grande parte dos moradores de Valparaíso e Planaltina de Goiás opta pelo mercado de trabalho do DF
Constatação é de pesquisa da Codeplan, que também destaca o fato de o ônibus ser o meio mais usado no percurso de casa para o trabalho
Ádamo Araujo, da Agência Brasília
13 de abril de 2016 - 14:40
Atualizado em 13 de abril de 2016, às 17h06
A auxiliar de farmácia Lourrane Rodrigues, de 30 anos, acredita que as possibilidades de emprego no Distrito Federal são financeiramente melhores que as de Valparaíso de Goiás, onde mora. É por isso que ela prefere pegar o transporte público e demorar uma hora para chegar ao trabalho no Plano Piloto. "A quantidade de vagas e a variedade de oferta também são maiores", destaca.
Lourrane compõe os 20,9% de trabalhadores que moram nesse município mas atuam em Brasília. Outros 18,8% exercem alguma função remunerada em Valparaíso, enquanto o restante está distribuído pelas localidades vizinhas, com porcentuais menores que o do DF. Em Planaltina de Goiás, o número de ocupados que têm empregos na capital do País é ainda mais expressivo: 54,9%. Os dados constam da Pesquisa Metropolitana por Amostra de Domicílios (Pmad) 2015, divulgada na tarde desta quarta-feira (13) no Palácio do Buriti. Esta é a segunda vez em que a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) apresenta o estudo. A primeira foi em 2013.
No que diz respeito ao deslocamento para o trabalho, o ônibus é o escolhido por 44,3% dos moradores de Planaltina de Goiás. Em Valparaíso, 17% também usam esse meio de transporte para tal finalidade.
Dos 100.262 habitantes de Planaltina de Goiás, 38.310 pessoas têm alguma ocupação. Desses, 21.040 trabalham no Distrito Federal — a maioria (17.760) no Plano Piloto. Quanto a Valparaíso, a população total é de 174.156 pessoas. Têm trabalho remunerado 70.985 moradores, dos quais 36.377 atuam no DF — 29.950 no Plano Piloto.
Saúde
Os dois municípios analisados demonstram certa dependência dos serviços públicos de saúde de Brasília. Recorrem à rede pública do DF 12,7% dos moradores de Planaltina e 15,9% dos de Valparaíso.
Os dois municípios analisados demonstram certa dependência dos serviços públicos de saúde de Brasília. Recorrem à rede pública do DF 12,7% dos moradores de Planaltina e 15,9% dos de Valparaíso.
"Esses dados nos mostram as áreas que precisam de investimento e aquelas nas quais o poder público tem que focar", afirmou o prefeito de Planaltina, Eles Reis, presente no evento de divulgação. Também no Palácio do Buriti, a chefe do Executivo de Valparaíso, Lucimar Nascimento, complementou: "[A pesquisa] Serve para embasarmos projetos a serem apresentados ao governo estadual em busca de recursos para áreas prioritárias, como a saúde."
Base de dados
De acordo com a Codeplan, o levantamento tem como objetivo fornecer uma base de dados abrangendo os aspectos socioeconômicos dos 12 municípios goianos que compõem a denominada Área Metropolitana de Brasília — considerados com alto nível de integração com o DF. Além de Valparaíso e Planaltina, são objeto de estudo Águas Lindas, Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo e Santo Antônio do Descoberto. Os resultados serão divulgados ao longo deste ano, em datas ainda a ser definidas.
De acordo com a Codeplan, o levantamento tem como objetivo fornecer uma base de dados abrangendo os aspectos socioeconômicos dos 12 municípios goianos que compõem a denominada Área Metropolitana de Brasília — considerados com alto nível de integração com o DF. Além de Valparaíso e Planaltina, são objeto de estudo Águas Lindas, Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo e Santo Antônio do Descoberto. Os resultados serão divulgados ao longo deste ano, em datas ainda a ser definidas.
Os resultados serão divulgados ao longo deste ano, em datas ainda a ser definidas. "Temos sete prontos e agora vamos trabalhar com as prefeituras para fechar o restante", informou o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da companhia, Bruno de Oliveira Cruz. O presidente da empresa, Lucio Rennó, também participou da divulgação nesta quarta-feira.
Etapas
A pesquisa foi desenvolvida em quatro etapas. A primeira foi de planejamento, em que se procurou definir as áreas de estudo e o cronograma de atividades. Ainda nessa fase, foram elaborados manuais e formulários, e a equipe foi selecionada e treinada. A segunda etapa envolveu a aplicação dos questionários e a checagem das informações. Na terceira, os dados coletados foram digitados e avaliados. Na última etapa, ainda em andamento, estão sendo feitos os relatórios individuais referentes a cada município pesquisado.
A pesquisa foi desenvolvida em quatro etapas. A primeira foi de planejamento, em que se procurou definir as áreas de estudo e o cronograma de atividades. Ainda nessa fase, foram elaborados manuais e formulários, e a equipe foi selecionada e treinada. A segunda etapa envolveu a aplicação dos questionários e a checagem das informações. Na terceira, os dados coletados foram digitados e avaliados. Na última etapa, ainda em andamento, estão sendo feitos os relatórios individuais referentes a cada município pesquisado.
Acesse os estudos de Planaltina de Goiás e de Valparaíso.
Veja as galerias de fotos:
https://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/25806404484/in/album-72157666570327330
https://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/26139341090/in/album-72157666572603320
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Queremos saber sua opinião!