Segurança alimentar é discutida entre governo e sociedade civil
4ª Conferência Distrital vai até quarta-feira (22) e tem como meta implementar políticas públicas para o setor até 2019
Kelly Crosara, da Agência Brasília
20 de julho de 2015 - 13:54
Atualizado em 20 de julho de 2015, às 15h22
A criação de hortas comunitárias e o plantio de árvores frutíferas nos canteiros e nas áreas verdes de Brasília serão algumas propostas discutidas durante a 4ª Conferência Distrital de Segurança Alimentar e Nutricional, aberta nesta segunda-feira (20), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
O encontro regional, que segue até 22 de julho, tem como meta reunir ações que possam suprir a necessidade alimentar dos moradores da capital e, com isso, instituir políticas públicas para o período de 2016 a 2019.
Com o tema Comida de Verdade no Campo e na Cidade: por Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, o evento é uma preparação para a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, de 2 a 6 de novembro, na capital da República.
O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, acompanhado da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, anunciou a construção, até o fim do ano, de um restaurante comunitário no Sol Nascente, em Ceilândia.
O recadastramento dos beneficiados pelo programa federal Bolsa Família também foi uma das ações anunciadas pelo governo. “Queremos saber se o grupo de pessoas que recebe atualmente o auxílio necessita mesmo dele e se estamos ajudando as que realmente precisam”, ressaltou Rollemberg.
Fora do mapa da fome
O governador destacou ainda os programas de Aquisição de Alimentos e de Aquisição da Produção da Agricultura como projetos de sucesso e que ajudam centenas de agricultores familiares — base das implementações de segurança alimentar: “Beneficiamos 40 mil pessoas e 800 agricultores familiares só com o programa de alimentos e ainda estamos comprando R$ 8 milhões em produtos lácteos dessas famílias para ajudar as entidades assistenciais”.
O governador destacou ainda os programas de Aquisição de Alimentos e de Aquisição da Produção da Agricultura como projetos de sucesso e que ajudam centenas de agricultores familiares — base das implementações de segurança alimentar: “Beneficiamos 40 mil pessoas e 800 agricultores familiares só com o programa de alimentos e ainda estamos comprando R$ 8 milhões em produtos lácteos dessas famílias para ajudar as entidades assistenciais”.
A ministra Tereza Campello disse que este é um ano de comemoração, porque o Brasil saiu do mapa da fome. “Hoje, 1,7% da população está nesse estado, mas precisamos batalhar para que o índice diminua mais.” Segundo ela, não existiam iniciativas públicas voltadas para a área: “É inadmissível ver o País ser um produtor e exportador de comida e ter grande parte dos cidadãos passando fome”.
O subsecretário de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social, Jefferson Urani, afirmou que um dos principais problemas relacionados ao setor em Brasília, como também no País, é que a fome está concentrada em grupos específicos. “Índios, ciganos, famílias carentes, por exemplo, apresentam precariedade alimentar, e os grupos reunidos aqui tem a tarefa de encontrar alternativas para amenizar a situação.”
Questões
Serão debatidos durante o evento os seguintes temas: alimentação adequada e saudável; agricultura familiar; mulher no contexto da segurança alimentar e nutricional; povos e comunidades tradicionais no contexto da segurança alimentar e nutricional; e sustentabilidade e meio ambiente.
Serão debatidos durante o evento os seguintes temas: alimentação adequada e saudável; agricultura familiar; mulher no contexto da segurança alimentar e nutricional; povos e comunidades tradicionais no contexto da segurança alimentar e nutricional; e sustentabilidade e meio ambiente.
Para subsidiar o encontro distrital, foram realizadas seis pré-conferências de 25 de maio a 4 de julho, das quais participaram cerca de 600 pessoas representando as 31 regiões administrativas.
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